Não vai ter Copa para estrangeiros condenados ou investigados por suspeita de uso ou exploração sexual de menores.
É o que afirma o governo federal, que publica hoje no "Diário Oficial da União" portaria assinada ontem para proibir a entrada deles e evitar o aumento da prostituição infantil durante o torneio.
Os suspeitos serão deportados caso desembarquem no país.
O temor se funda em investigações como as da Polícia Civil de Mato Grosso e do Ministério Público de São Paulo, que identificaram redes de aliciamento de adolescentes para se prostituírem em locais próximos a estádios.
Em São Paulo, motéis no entorno do Itaquerão são apontados como locais dessa atividade ilícita, que a presidente Dilma Rousseff sancionou como crime hediondo na quarta-feira.
Já em Cuiabá, adolescentes foram procuradas para ficar à disposição de turistas, de acordo com "O Globo", de 10 a 25 de junho, quando a cidade terá jogos.
Ainda há o precedente da última Copa, em 2010, quando a exploração sexual aumentou em 30% na África do Sul.
180 países
A base para identificar e deportar os estrangeiros suspeitos será a Difusão Verde, cadastro que a Interpol mantém de condenados e investigados por exploração sexual e divulgação de pornografia infantil em 180 países.
Além disso, uma simples denúncia ao Disque 100, da Polícia Federal, pode barrar um estrangeiro, mesmo que ele tenha visto para vir assistir ao torneio.
"A pessoa pode ser barrada se for condenada ou se a PF tiver conhecimento de envolvimento dela com pedofilia", disse o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
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